EDUCAÇÃO PARA A NÃO VIOLÊNCIA
quarta-feira, 21 de maio de 2008
REUNIÃO COMUNITARIA
PROJETO EDUCAÇÃO PARA A NÃO VIOLÊNCIA

Campanha Humanista pela Não Violência
Uma visão humanista sobre a superação da Violência
A Campanha propõe Diversidade de Ações.
A violência está em toda a ação que gera sofrimento e dor. Hoje, assim
como em outros momentos, tenta-se reduzir a violência a sua forma física,
mas isso é falso. Há uma violência física, sim, mas também uma violência psicológica, moral, religiosa, sexual e racial.
Sofremos a violência, mas também a exercemos. Reconhecer isso é o primeiro passo para superar o sofrimento. O sofrimento vai diminuir quando
se aumente a fé e o sentido na vida, e se tome outra atitude diante de si próprio e dos outros. A dor será progressivamente superada pelos avanços
da ciência em suas várias formas e pelo acesso de todos as suas novas e velhas conquistas.
A não violência é a única forma de superar a violência. A atitude humanista é não violenta porque envolve a experiência interna, é uma mudança de dentro para fora. Esta campanha assume o compromisso de difundir uma atitude humanista para que todas as pessoas possam, a partir de suas próprias vidas e de seu próprio mundo, encontrar respostas que as ajudem a superar o sofrimento e a dor.
Quando falamos de tomar uma atitude simplesmente falamos de agir como seres humanos que têm a possibilidade de escolher e não reagir como animais acuados. Ainda que certas situações de urgência aparentemente se resolvam com uma resposta violenta, a violência geramais violência num ciclo sem fim.
Os humanistas já falam e praticam isso há 35 anos e muitos outros antes de nós, como Gandhi e Martin Luther King. Porém, é necessário que as pessoas que vivem hoje e querem um mundo e uma vida melhor, aqui e agora, descubram o caminho da não violência.
Que mostrem a outros que a mudança é possível.
Difundir, conscientizar, organizar ações, denunciar abusos, expressar-se de diferentes modos, no social, no cultural, no familiar e no pessoal é a
proposta desta campanha. Não atingiremos nosso objetivo antes de reunir pelo menos dez mil voluntários em todo o Brasil. A esses se juntarão muitos
milhares atraídos pela causa da não violência, tanto como forma de ação cotidiana e quanto para organização de projetos sociais. Objetivamos criar
um efeito demonstração que possa chegar muito além de um determinado ponto, que possa influir grandes conjuntos de pessoas.
Não seremos nós que vamos resolver o problema da violência. Esta é ainda aceita como alternativa por grande parte da população.
Enganada ou não, a população convive com a violência e a aceita por falta de opção e decisão de mudar.
Nossa parte na solução deste problema que não geramos é criar nossa rede de pessoas comuns, voluntárias, que levará adiante ações pequenas
ou projetos completos.
Em todos os casos, influenciarão a muitas e muitas pessoas em todo o país. A partir destas experiências concretas surgirão respostas adequadas à violência que cada um vive.
Vivemos uma época em muitas faces revoltante. Ainda haverá muita desumanização: assistiremos pessoas que pregam o caos com suas
previsões catastróficas. Ainda assistiremos os sedentos de poder manipulando as soluções, defendendo, com sua ânsia de poder a vontade
de dominar e oprimir, a aplicação de medidas mais endurecidas.
Assistiremos ao desespero, à vingança e ao ressentimento, o mal maior...
Mas tudo isso não vai nos desanimar, ao contrário, nos impulsiona a seguir em frente.
Diante de tudo isso, nossa campanha é valida porque leva à direção correta:
ü o surgimento de um novo ser humano que saiba dar respostas não violentas;
ü que valorize os outros e as mesmo; que tome uma atitude quando a oportunidade aparece;
ü que não tenha medo do fracasso porque sempre aprende e que saboreie o doce e fiel registro da ação válida.
Paulo Genovês, Movimento Humanista, Conselho Cinco. Este texto é inspirado em muitas experiências e materiais de membros do MH
“Olho por Olho e acabaremos cegos”
Gandhi